26 outubro, 2020

O SURGIMENTO DO CATOLICISMO

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   O cristianismo nos três primeiros séculos da nossa era alcançou um grande número de seguidores. Contudo, até o Édito de Milão não havia no império romano uma tolerância religiosa aos cristãos. Mas a partir daí, as perseguições começaram a cessar e, definitivamente, no ano 380 d.C., o imperador Teodósio tornou o cristianismo religião oficial do Estado. 


Enquanto no Oriente já existia um grande número de cristão que se entregavam à vida monástica, a partir do quarto século, no Oriente surge um movimento de isolamento social de cristãos, que se agrupavam em comunidades para viverem desprovidos de ambições materiais e, até mesmo, sendo vistos como santos. Entre os monges do Oriente e do Ocidente havia uma notória diferença, os monges orientais viviam em regiões desérticas e se tornaram eremitas, ao passo que os ocidentais viviam em regiões afastadas, mas em comunidades.


 Nesse tempo, a Igreja organizou a sua hierarquia, estabeleceu dogmas e impôs um forte domínio espiritual sobre os fiéis. A Igreja do Ocidente tentou impor, por meio do sumo pontífice, ordens aos bispos em todo o lugar. No Oriente, essa autoridade não foi aceita, agravando-se com as divergências doutrinárias e dessa forma ocorreu o cisma. A autoridade máxima no Ocidente era o Papa e a sede da Igreja em Roma, enquanto no Oriente era o Patriarca e a sede em Constantinopla. 


A Igreja do Ocidente fazia a celebração religiosa em latim, enquanto no Oriente faziam na língua grega. As duas Igrejas seguiram suas lideranças adotando dogmas, doutrinas e teologias distintas, como também opostas, o que causou enfrentamentos, mas que com o passar do tempo foram apaziguados. Ainda hoje, essa divisão persiste, mantendo-se existente a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa.

                          

                                                                                                                         Aristeu Alves


A BÍBLIA, UM LIVRO DIVINO E HUMANO

 


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     O cânon da Bíblia sagrada é formado por 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento com a ativa participação de mais de quarenta escritores. Nesse aspecto pode-se ter uma visão humana das escrituras sagradas, pois ela foi escrita por homens que eram profetas, apóstolos, líderes religiosos ou piedosos servos de Deus. Contudo, mesmo eles tendo sido autores de toda a mensagem sagrada, é preciso considerar que tudo o que escreveram, foi sob a inspiração de Deus. Esse fato diferencia os escritos bíblicos dos demais escritos. As letras sagradas foram produzidas pela inspiração divina, ao contrário dos outros livros que foram produzidos pelo intelecto humano. 

    Ainda que os autores contribuíram com o seu próprio estilo de escrever, o teor da mensagem não tem comparação com outros livros que não forma inspirados por Deus. Essa diferença marcante coloca a Bíblia Sagrada acima dos demais livros. Há livros que falam sobre Deus, que são religiosos ou místicos, mas não são inspirados por Deus. 

 

    Toda a literatura religiosa produzida e que ficou fora do cânon sagrado, pode ter a sua utilidade, contudo, não pode ser considerada como uma mensagem de Deus. Nesse ponto, é correto afirmar que, a Bíblia, é o único livro considerado como a verdadeira Mensagem de Deus aos homens. Para interpretá-lo é preciso utilizar-se de uma regra áurea, a Bíblia interpreta a si própria. Entretanto, não se pode desprezar os principais métodos da hermenêutica para a sua interpretação, pois sem eles, há o risco de cair em um abismo da falsa interpretação.

          

                                                        

                                                                                                                                          Aristeu Alves