18 abril, 2020

A TEORIA DOCUMENTÁRIA



A principal característica da Teoria documentária ou Hipótese Documentária é sugerir que Moisés não seja de fato o autor dos cinco livros que compõem o Pentateuco. A autoria de Moisés é atestada pela tradição judaica e cristã, sem mencionar os textos bíblicos que dão sustentação para se crer que ele seja o autor da Toráh. Entretanto, devemos considerar que a Hipótese de Welhaussem (Julius Welhausem, autor da Teoria Documentária) sugere que os livros do pentateuco são uma combinação de textos completos e independentes, que foram combinados, por redatores ou editores, para terem a forma em que hoje são apresentados na seção do Antigo Testamente da Bíblia Sagrada. 

Segundo essa teoria, foram encontrados quatro tipos de manuscritos de diferentes épocas. Esses manuscritos, conhecidos como fontes, foram classificados de acordo com uma inicial que representa o período em que foi escrito. De acordo com essas iniciais, eles foram divididos em:
1.    (J) Fonte Javista, escrita em torno de 950 a.C., no Reino do Sul (Judá);
2.    (E) Fonte Eloísta, escrita aproximadamente em 850 a.C., no Reino do Norte (Israel);
3.    (D) Fonte Deuteronomista, escrita por volta de 650 a.C., em Jerusalém;
4.    (P) Fonte Sacerdotal, escrita cera de 500 a.C., pelos sacerdotes.

Conforme essa teoria, o pentateuco, na forma em que o conhecemos, é o resultado de quatro versões distintas com os mesmos fatos, mas que foram mescladas e combinadas para apresentar organização e coerência em todo o texto.
Em parte, pode-se entender que os textos tenham sido “arranjados” para ter uma forma coerente e preservar o sentido original. Mas não se deve esquecer que todos os documentos encontrados nas línguas originais das escrituras são cópias de outras cópias e que não existe um original. Desse modo, cada texto pode ter sido alterado, mas não significativamente, pelos judeus que faziam estas cópias. Contudo, as pequenas alterações, em momento algum, podem negar a autoria de Moisés, até mesmo, porque não existe outra hipótese sobre  quem poderia ser o autor do Pentateuco. 
E no demais, Jesus Cristo declarou que Moisés escreveu sobre ele, conforme está escrito: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele” (Jo 5.46). Por isso, temos razão suficiente para acreditar que Moises seja o verdadeiro autor dos cinco livros da lei (Pentateuco), pois não existem argumentos sólidos que comprovem o contrário.

                                                                                                          Aristeu Alves


23 novembro, 2019

FIM DA ESTRADA



 

A vida é uma longa viagem que, em alguns momentos, parece nunca chegar ao fim. No início tudo é lento e demorado, mas de repente, tudo começa a mudar, aproxima-se o destino final. As coisas se aceleram e o tempo passa rapidamente. Os dias, meses e anos voam e passamos a olhar para aquilo que ficou para trás. E nessa monóloga reflexão, perguntamos: o que deixamos neste mundo? As sagradas escrituras afirmam que "o homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos..." (Provérbios 13.22). Mas se não tivermos nenhum bem material para deixar à nossa descendência, o que deixamos? A lembrança de uma efêmera existência? Algumas boas e más recordações? Um legado, uma marca ou um princípio pelo qual vivemos?

Conforme a Palavra de Deus "... o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 João 2.17). Sabemos que as nossas marcas e o nosso legado são importantes, contudo, o mais importante é a salvação da nossa alma. O que deixamos fica para os outros, o que levamos fica para nós. Ficam nossos pensamentos, nossas frases, nosso jeito único de ser, mas nós mesmos, não ficamos. Um dia todos chegam ao destino final, a eternidade. E o que levamos são as nossas obras, o que fizemos de bom ou mal e aquilo que aceitamos ou recusamos. Enfim, o que escolhemos por toda a existência.

 Temos a consciência que vários caminhos levam a eternidade, mas somente um leva à salvação: Jesus. Ele é nosso advogado, pois o apóstolo João disse: "Filhinhos, estas coisas escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 João 2.1). Como também sabemos que todos nós enfrentaremos o julgamento de Deus, conforme está escrito:"E vi s mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse 20.12). Portanto, precisamos de um advogado e Jesus é nosso único advogado, capaz de nos livrar da condenação eterna. Ele mesmo disse:"Eu sou o caminho, e a verdade e a vida" (João 14.6) e também "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á ..." (João 10.9).  


18 novembro, 2019

JESUS CRISTO NÃO MUDOU

Os tempos mudaram, as pessoas mudaram e a Igreja também mudou, não é mais como era, antes. Mas Jesus Cristo não mudou, continua olhando para os perdidos deste mundo querendo salvá-los. Do mesmo modo que sentia compaixão, quando passou por esta terra revestido da forma humana, dos que sofriam e choravam, hoje, ele sente compaixão dos que se encontram na mesma situação. 

Normalmente, as pessoas abandonam a Deus, não acontece o contrário, porque Ele sempre está disposto a nos acolher e ouvir nossa oração, nosso clamor e, por vezes, nosso mais profundo gemido. Por mais que o mundo nos ofereça prazeres, alegrias e diversões, todavia, não pode nos oferecer paz de espírito, tranquilidade na alma e esperança de coisas futuras na eternidade. Essas coisas só Jesus, que é Deus, pode nos oferecer. Porque Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje, e eternamente (Hebreus 13.8).


MUNDO SOMBRIO

O mundo está mais sombrio ultimamente. É notável a invasão massiva de séries e filmes que exploram temas que exaltam o terror, o medo, o ocultismo, a bruxaria, o feitiço, a violência, as epidemias, as criaturas das trevas (vampiros, lobisomens e zumbis) as catástrofes, as contaminações, e, por fim, o próprio satanismo. 

Hoje mesmo, conversando com um jovem, ouvi ele declarar que era um seguidor da "filosofia satanista". E até me mostrou no seu celular, uma imagem da capa da bíblia satânica. Até onde tudo isso vai chegar? Será que já estamos vivendo o tempo da apostasia mencionado por Paulo? Para quem não se lembra, ele escreveu a Timóteo: "... Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos se apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1 Timóteo 4.1). 

Neste cenário de trevas, muitos já se esqueceram das promessas que lhe foram feitas, no inicio de sua fé, pela palavra de Deus. Mas ainda há tempo para crer e voltar a confiar nessas promessas. Se somos da fé, somos filhos de Abraão ( Galatas 3.7). Assim, as promessas de Deus foram feitas ao patriarca e a sua posteridade (Galatas 3.16). Logo, somos filhos da promessa, como Isaque (Galatas 4.28). Despertemos então, para uma nova vida que nos aguarda, no reino dos céus, onde todas as promessas de Cristo se cumprirão. Pois ele mesmo disse: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Mateus 24.35).


PARA ONDE VAMOS?


Sempre ouvimos dizer que devemos ter objetivos na vida. E na verdade, isso está certo. Embora existam pessoas, e não podemos nos esquecer, que por motivos de doença, incapacidade física, problemas psicológicos, financeiros ou familiares, não conseguem estabelecer metas para as suas vidas. Sobre esse aspecto não cabe a mim fazer nenhum tipo de julgamento. 

Mas para aqueles que podem fixar alvos capazes de trazer significação à existência, posso afirmar que todo objetivo nos leva a traçar um plano para alcançá-lo. E de qualquer forma, nos faz sair da zona de conforto e segurança, despertando a fé escondida nas profundezas do âmago do nosso ser. Cada desafio pessoal, que se apresenta à nossa frente, é um chamado para sair do barco e andar sobre o mar. Mas como aconteceu com Pedro, o mesmo se sucede conosco, pois pular fora do barco não é difícil, porém andar sobre as águas exige ter muita fé em Jesus (Mateus 14.28-31). 

Pois a fé nos mantêm seguros, ao passo que a dúvida nos faz afundar no mar da vida. Dessa forma, não podemos deixar a vida nos levar como que por uma onda no mar. A menos que desejamos ser como um barco à deriva, sem destino, sem rumo, sem direção, e que não sabe aonde vai chegar. Ao contrário, devemos tomar como exemplo o apóstolo Paulo, prosseguindo "... para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3.14)