23 novembro, 2019

FIM DA ESTRADA



 

A vida é uma longa viagem que, em alguns momentos, parece nunca chegar ao fim. No início tudo é lento e demorado, mas de repente, tudo começa a mudar, aproxima-se o destino final. As coisas se aceleram e o tempo passa rapidamente. Os dias, meses e anos voam e passamos a olhar para aquilo que ficou para trás. E nessa monóloga reflexão, perguntamos: o que deixamos neste mundo? As sagradas escrituras afirmam que "o homem de bem deixa uma herança aos filhos de seus filhos..." (Provérbios 13.22). Mas se não tivermos nenhum bem material para deixar à nossa descendência, o que deixamos? A lembrança de uma efêmera existência? Algumas boas e más recordações? Um legado, uma marca ou um princípio pelo qual vivemos?

Conforme a Palavra de Deus "... o mundo passa, e a sua concupiscência, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 João 2.17). Sabemos que as nossas marcas e o nosso legado são importantes, contudo, o mais importante é a salvação da nossa alma. O que deixamos fica para os outros, o que levamos fica para nós. Ficam nossos pensamentos, nossas frases, nosso jeito único de ser, mas nós mesmos, não ficamos. Um dia todos chegam ao destino final, a eternidade. E o que levamos são as nossas obras, o que fizemos de bom ou mal e aquilo que aceitamos ou recusamos. Enfim, o que escolhemos por toda a existência.

 Temos a consciência que vários caminhos levam a eternidade, mas somente um leva à salvação: Jesus. Ele é nosso advogado, pois o apóstolo João disse: "Filhinhos, estas coisas escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1 João 2.1). Como também sabemos que todos nós enfrentaremos o julgamento de Deus, conforme está escrito:"E vi s mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” (Apocalipse 20.12). Portanto, precisamos de um advogado e Jesus é nosso único advogado, capaz de nos livrar da condenação eterna. Ele mesmo disse:"Eu sou o caminho, e a verdade e a vida" (João 14.6) e também "Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á ..." (João 10.9).  


18 novembro, 2019

JESUS CRISTO NÃO MUDOU

Os tempos mudaram, as pessoas mudaram e a Igreja também mudou, não é mais como era, antes. Mas Jesus Cristo não mudou, continua olhando para os perdidos deste mundo querendo salvá-los. Do mesmo modo que sentia compaixão, quando passou por esta terra revestido da forma humana, dos que sofriam e choravam, hoje, ele sente compaixão dos que se encontram na mesma situação. 

Normalmente, as pessoas abandonam a Deus, não acontece o contrário, porque Ele sempre está disposto a nos acolher e ouvir nossa oração, nosso clamor e, por vezes, nosso mais profundo gemido. Por mais que o mundo nos ofereça prazeres, alegrias e diversões, todavia, não pode nos oferecer paz de espírito, tranquilidade na alma e esperança de coisas futuras na eternidade. Essas coisas só Jesus, que é Deus, pode nos oferecer. Porque Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje, e eternamente (Hebreus 13.8).


MUNDO SOMBRIO

O mundo está mais sombrio ultimamente. É notável a invasão massiva de séries e filmes que exploram temas que exaltam o terror, o medo, o ocultismo, a bruxaria, o feitiço, a violência, as epidemias, as criaturas das trevas (vampiros, lobisomens e zumbis) as catástrofes, as contaminações, e, por fim, o próprio satanismo. 

Hoje mesmo, conversando com um jovem, ouvi ele declarar que era um seguidor da "filosofia satanista". E até me mostrou no seu celular, uma imagem da capa da bíblia satânica. Até onde tudo isso vai chegar? Será que já estamos vivendo o tempo da apostasia mencionado por Paulo? Para quem não se lembra, ele escreveu a Timóteo: "... Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos se apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1 Timóteo 4.1). 

Neste cenário de trevas, muitos já se esqueceram das promessas que lhe foram feitas, no inicio de sua fé, pela palavra de Deus. Mas ainda há tempo para crer e voltar a confiar nessas promessas. Se somos da fé, somos filhos de Abraão ( Galatas 3.7). Assim, as promessas de Deus foram feitas ao patriarca e a sua posteridade (Galatas 3.16). Logo, somos filhos da promessa, como Isaque (Galatas 4.28). Despertemos então, para uma nova vida que nos aguarda, no reino dos céus, onde todas as promessas de Cristo se cumprirão. Pois ele mesmo disse: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Mateus 24.35).


PARA ONDE VAMOS?


Sempre ouvimos dizer que devemos ter objetivos na vida. E na verdade, isso está certo. Embora existam pessoas, e não podemos nos esquecer, que por motivos de doença, incapacidade física, problemas psicológicos, financeiros ou familiares, não conseguem estabelecer metas para as suas vidas. Sobre esse aspecto não cabe a mim fazer nenhum tipo de julgamento. 

Mas para aqueles que podem fixar alvos capazes de trazer significação à existência, posso afirmar que todo objetivo nos leva a traçar um plano para alcançá-lo. E de qualquer forma, nos faz sair da zona de conforto e segurança, despertando a fé escondida nas profundezas do âmago do nosso ser. Cada desafio pessoal, que se apresenta à nossa frente, é um chamado para sair do barco e andar sobre o mar. Mas como aconteceu com Pedro, o mesmo se sucede conosco, pois pular fora do barco não é difícil, porém andar sobre as águas exige ter muita fé em Jesus (Mateus 14.28-31). 

Pois a fé nos mantêm seguros, ao passo que a dúvida nos faz afundar no mar da vida. Dessa forma, não podemos deixar a vida nos levar como que por uma onda no mar. A menos que desejamos ser como um barco à deriva, sem destino, sem rumo, sem direção, e que não sabe aonde vai chegar. Ao contrário, devemos tomar como exemplo o apóstolo Paulo, prosseguindo "... para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3.14)





O QUE ACONTECERÁ NO PRÓXIMO ANO?


O ano de 2019 está terminando e há rumores de sobra carregados de maus auspícios para o ano que vem. Dentre esses boatos o que mais chama a atenção é a suposta apresentação, por um grande líder religioso, do homem que na bíblia é chamado de anticristo. Há uma previsão que isso ocorra em maio de 2020. Se isso realmente vai acontecer, não sabemos. 
Mas a verdade é que de algum tempo para cá, há sempre um novo boato apocalíptico. Em 2011 um grupo religioso marcou a data do arrebatamento da Igreja para 21 de maio e o fim do mundo para o dia 21 de outubro do mesmo ano (2011). Essas datas se passaram e nada aconteceu. Em 2018 estudiosos das escrituras sagradas preveram que Cristo viria arrebatar a sua igreja durante a festa das trombetas, entre os meses de setembro e outubro, porém nada aconteceu. Isso, porém, não significa que nada irá acontecer no ano que vem. 

Pelo contrário, a frequência desses boatos nos faz acreditar que estamos cada vez mais próximos de eventos bíblicos profetizado para o fim dos tempos. E de qualquer forma, ficamos ansiosos para saber, não de outrem, mas do próprio Mestre sobre a sua vinda e o fim dos tempos. Se pudéssemos perguntaríamos como os discípulos: "... Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?" (Mateus 24.3). E, provavelmente, ele responderia do mesmo modo que respondeu há mais de dois mil anos: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane..." (Mateus 23.4). Contudo, não podemos nos esquecer que todos os sinais do fim dos tempos que ele revelou já se manifestaram, mostrando-nos que estamos vivendo os últimos dias. 

E não é de hoje, que "... o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado. E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda. A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira. E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem." (2 Tessalonicenses 2.7-10). Diante desse cenário, o que devemos fazer é ficar preparados para que a vinda do Senhor, no arrebatamento da igreja, não nos surpreenda, encontrando-nos desprevenidos. Seja quando for, a volta de Cristo e o arrebatamento da Igreja, antes (de preferência), no meio ou no fim da grande tribulação, o que importa é que possamos estar preparados para dizer "... ora vem, Senhor Jesus" (Apocalipse 22.20)

O QUE VIRÁ AMANHÃ?


Não há duvidas de que as sagradas escrituras, por meio de visões, revelações e profecias, mostram um futuro sombrio para o mundo sem DEUS. A única incerteza neste momento é quando e como serão essas coisas. Contudo, devemos ter em mente que o tempo de todas as coisas está no controle de Deus, pois "... ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos" (Daniel 2.21), visto que "tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3.1). 
Mas como os discípulos, às vezes, não conseguimos conter o ímpeto de querer saber o futuro. Depois da ressurreição de Jesus, antes dele subir aos céus, eles lhe perguntaram: "Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?" (Atos 1.6). E a resposta do Filho de Deus foi: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (Atos 1.7), para mostrar que Deus tem todo o controle do tempo e dos eventos futuros, e que nem tudo pode ser revelado para nós. 
Somos preocupados demais para saber o que virá amanhã. Sofremos de ansiedade pela espera das coisas que ainda não aconteceram. E se tivermos conhecimento do que pode acontecer no futuro, melhor dizendo, no nosso futuro, indubitavelmente, sofreremos já no presente. O amanhã não nos pertence, ele está sob o controle de Deus. Por isso mesmo, Jesus falou aos seus discípulos: " Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" (Mateus 6.34). Assim, devemos confiar em Deus, porque ele é a nossa fortaleza e a nossa segurança diante de todas as incertezas desta vida.

PASSANDO PELO DESERTO


Poucos cenários são tão desoladores quanto o deserto. A sensação que esse panorama exala, causa tristeza, remete a solidão e engendra um vazio quase infindável. É uma ausência de vida, um ardor de sofrimento e uma escassez funesta. O vazio dessa paisagem é o mesmo que sentimos nos momentos de provação, solidão e abandono. O deserto é simbolo de provação e tentação. O povo de Israel, a nação eleita, durante quarenta anos enfrentou as dificuldades, a tentação e a prova de sua fé no deserto. Mas nesses dias difíceis Deus não os abandonou, ele os guiou por todo esse tempo, para saber o que havia em seus corações, se guardariam ou não os seus mandamentos (Deuteronômio 8.2). Muitos não resistiram e endureceram os seus corações nesse tempo de angústia. 
Todavia, não devemos seguir o exemplo deles, principalmente, daqueles que morreram no deserto, sem terem contemplado, ao menos de longe, a terra prometida. Precisamos ouvir a voz de Deus que nos diz: “Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da tentação no deserto. Quando vossos pais me tentaram, me provaram, e viram a minha obra. Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos. A quem jurei que não entrarão no meu repouso” (Salmos 95.8-11). Não é preciso refletir muito, para entender que muitos perderam a oportunidade de provar da terra que manava leite e mel. Precisamos considerar que as condições são adversas para todos nesta vida. 
Todos enfrentamos a escassez de recursos, as dificuldades, as tentações, tribulações e pesares no deserto dessa vida, porém nem todos confiam em Deus. São as promessas do Senhor que revigoram as nossas forças e nos fazem sentir pela fé, no presente momento, o sabor da vitória, que poderemos desfrutar se formos fiéis e entrarmos em Canaã, como Josué e Calebe. E no demais, a nossa Canaã é mais linda, porque é do céu, onde Deus habita. Portanto, precisamos continuar confiando em Deus, porque “os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.” (Isaías 40.30-31).

08 novembro, 2019

PORQUE CREMOS NA TRINDADE ?

No Antigo Testamento a revelação de Deus se inicia apresentando o ser divino como o criador de todas as coisas (Gn 1.1; Is 45.18). O Deus vivo e poderoso se manifesta com amor e misericórdia para os homens que o temem (Gn 6.7-9; Ez 14.13-14). Ele é o Senhor, o Deus Eterno, que escolheu Abraão para ser o patriarca dos judeus (Mt 3.9) e o pai de muitas nações (Gn 17.4-5). A fé dos seus descendentes, o povo escolhido, é direcionada a um "Deus único" que ama a justiça (Sl 11.7; 33.5), mas não tolera a iniquidade (Sl 5.4; Rm 1.18). 

Em contraposição à crença monoteísta dos descendentes de Abraão, o mundo religioso apresentou em outras culturas a crença em diversas divindades. Ao invés de acreditarem em um Deus criador, creram em deuses criados (Is 44.9-10) pela imaginação humana. Eles "... mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis" (Rm1.23), conforme a vaidade dos seus sentidos.

O Novo Testamento traz a revelação de Jesus Cristo, o Filho de Deus, mostrando que "... nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.8). E apesar de demonstrar que o ser divino é uno, em propósito e essência, o apresenta em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt 3.16-17). A complexa relação que existe em crer, num único Deus manifesto em três pessoas, é difícil de ser explicada, e mais ainda, de ser compreendida. Mas se observarmos o relato da criação, encontramos no livro de Gênesis (1.28) que Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança ...", o que nos leva a entender que a trindade estava presente na criação do homem.