Deus no jardim do Éden criou um casal para servi-lo e adorá-lo: Adão e Eva (Gn 1:26-27; 2:8). Mas Eva foi enganada pela astúcia da serpente e pecou. Paulo adverte a Igreja de Corinto para que não lhes suceda a mesma coisa e se separem da simplicidade de Jesus Cristo: "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo" II Corintios 11:3.
É interessante notar que segundo o relato bíblico a mulher foi enganada, mas o homem não. Encontramos em I Timóteo 2:14 a declaração: "E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão."
O homem não foi enganado, porém, desobedecendo a voz de Deus, recebeu das mãos de Eva o fruto da árvore da ciência do bem e do mal e o comeu, praticando o seu primeiro pecado.
Adão pecou depois de Eva, e muito mais consciente que ela. Pode-se dizer que ele escolheu pecar e acompanhar a sua mulher na desobediência. Mas mesmo tendo sido Eva a primeira criatura do jardim de Deus a pecar, a responsabilidade não caiu sobre ela, mas sobre o seu esposo.
A bíblia diz que "... a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir" (Rm 5:14).
Adão tornou-se o símbolo do pecador, caído, dominado pelo pecado, expulso do paraíso e separado da comunhão com Deus. A fama de pecador pesou-lhe sobre os ombros. Mas e a mulher ? Ainda que ela não foi responsabilizada por transmitir a herança "maldita" do pecado, pois ela deu início a isso, por ela veio a solução contra o pecado: Jesus Cristo.
Como diz as escrituras, o Salvador nasceu de uma mulher: 'Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" Gl 4:4.
O ser que trouxe o pecado para a humanidade, foi mesmo que Deus escolheu para trazer a solução para o pecado.
Diante de Deus todos são iguais, porém observando o ministério que as mulheres exercem hoje como pastoras em algumas igrejas, faço uma indagação para mim mesmo: Será que as mulheres têm a aprovação de Deus para exercer o ministério pastoral ?
É difícil a resposta. Porém deve-se considerar que não estou perguntando se elas podem pregar, mas se podem ser pastoras e dirigirem igrejas e reuniões com membros, obreiros, pastores etc. Pregar a Palavra de Deus é obrigação de toda a igreja e não somente de pastores (Marcos 16:15; Mateus 28:19).
Mas ser pastor, dirigir o rebanho do Senhor, exercer o oficio sacerdotal do novo testamento (II Coríntios 3:6), não parece ser tarefa para a mulher, mas para o homem.
Paulo afirmou a Timóteo que não permitia que mulher ensinasse na igreja, "porque primeiro foi formado Adão, depois Eva" ( I Timóteo 2:13). E esclareceu que a mulher não foi criada à imagem e semelhança de Deus como o homem que é "a imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem" (I Corintios 11:7). Como também o homem é "a cabeça da mulher" (I Corintios 11:3) e "não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem" (I Corintios 11:9).
Entre essas duas naturezas, homem e mulher, existe uma diferença natural , estabelecida pelo Criador desde a criação, distinguindo esses seres e estabelecendo a cada um deles o seu devido lugar e autoridade diante de Deus.
Se as razões bíblicas para desaprovar o ministério pastoral feminino, que diferencia-se do ministério de louvor, oração, visitas e evangelismo que as mulheres cristãs sempre exerceram com aprovação total da Bíblia e de Deus, forem insuficientes para os mais modernos, existem outras.
Se observarmos que a comunhão com Deus foi pela primeira vez quebrada pela iniciativa da mulher, não parece óbvio ela requerer ter o direito de ministrar a comunhão com Deus pelo ministério pastoral, da palavra de Deus e da Igreja.
Além do mais, os casos em que vi pastoras dirigindo ministérios, igrejas e obreiros, sem nenhuma exceção até o momento, todos terminaram em fracassos.
O problema não está na capacidade do homem ou da mulher, mas na escolha feita por Deus. O homem, responsabilizado pelo pecado original, foi escolhido para ministrar diante de Deus. O ofício sacerdotal foi dado para o homem, mas não para a mulher.
"Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre. " Hebreus 7:28