18 novembro, 2019

PARA ONDE VAMOS?


Sempre ouvimos dizer que devemos ter objetivos na vida. E na verdade, isso está certo. Embora existam pessoas, e não podemos nos esquecer, que por motivos de doença, incapacidade física, problemas psicológicos, financeiros ou familiares, não conseguem estabelecer metas para as suas vidas. Sobre esse aspecto não cabe a mim fazer nenhum tipo de julgamento. 

Mas para aqueles que podem fixar alvos capazes de trazer significação à existência, posso afirmar que todo objetivo nos leva a traçar um plano para alcançá-lo. E de qualquer forma, nos faz sair da zona de conforto e segurança, despertando a fé escondida nas profundezas do âmago do nosso ser. Cada desafio pessoal, que se apresenta à nossa frente, é um chamado para sair do barco e andar sobre o mar. Mas como aconteceu com Pedro, o mesmo se sucede conosco, pois pular fora do barco não é difícil, porém andar sobre as águas exige ter muita fé em Jesus (Mateus 14.28-31). 

Pois a fé nos mantêm seguros, ao passo que a dúvida nos faz afundar no mar da vida. Dessa forma, não podemos deixar a vida nos levar como que por uma onda no mar. A menos que desejamos ser como um barco à deriva, sem destino, sem rumo, sem direção, e que não sabe aonde vai chegar. Ao contrário, devemos tomar como exemplo o apóstolo Paulo, prosseguindo "... para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3.14)





O QUE ACONTECERÁ NO PRÓXIMO ANO?


O ano de 2019 está terminando e há rumores de sobra carregados de maus auspícios para o ano que vem. Dentre esses boatos o que mais chama a atenção é a suposta apresentação, por um grande líder religioso, do homem que na bíblia é chamado de anticristo. Há uma previsão que isso ocorra em maio de 2020. Se isso realmente vai acontecer, não sabemos. 
Mas a verdade é que de algum tempo para cá, há sempre um novo boato apocalíptico. Em 2011 um grupo religioso marcou a data do arrebatamento da Igreja para 21 de maio e o fim do mundo para o dia 21 de outubro do mesmo ano (2011). Essas datas se passaram e nada aconteceu. Em 2018 estudiosos das escrituras sagradas preveram que Cristo viria arrebatar a sua igreja durante a festa das trombetas, entre os meses de setembro e outubro, porém nada aconteceu. Isso, porém, não significa que nada irá acontecer no ano que vem. 

Pelo contrário, a frequência desses boatos nos faz acreditar que estamos cada vez mais próximos de eventos bíblicos profetizado para o fim dos tempos. E de qualquer forma, ficamos ansiosos para saber, não de outrem, mas do próprio Mestre sobre a sua vinda e o fim dos tempos. Se pudéssemos perguntaríamos como os discípulos: "... Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?" (Mateus 24.3). E, provavelmente, ele responderia do mesmo modo que respondeu há mais de dois mil anos: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane..." (Mateus 23.4). Contudo, não podemos nos esquecer que todos os sinais do fim dos tempos que ele revelou já se manifestaram, mostrando-nos que estamos vivendo os últimos dias. 

E não é de hoje, que "... o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado. E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda. A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira. E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem." (2 Tessalonicenses 2.7-10). Diante desse cenário, o que devemos fazer é ficar preparados para que a vinda do Senhor, no arrebatamento da igreja, não nos surpreenda, encontrando-nos desprevenidos. Seja quando for, a volta de Cristo e o arrebatamento da Igreja, antes (de preferência), no meio ou no fim da grande tribulação, o que importa é que possamos estar preparados para dizer "... ora vem, Senhor Jesus" (Apocalipse 22.20)

O QUE VIRÁ AMANHÃ?


Não há duvidas de que as sagradas escrituras, por meio de visões, revelações e profecias, mostram um futuro sombrio para o mundo sem DEUS. A única incerteza neste momento é quando e como serão essas coisas. Contudo, devemos ter em mente que o tempo de todas as coisas está no controle de Deus, pois "... ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos" (Daniel 2.21), visto que "tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3.1). 
Mas como os discípulos, às vezes, não conseguimos conter o ímpeto de querer saber o futuro. Depois da ressurreição de Jesus, antes dele subir aos céus, eles lhe perguntaram: "Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?" (Atos 1.6). E a resposta do Filho de Deus foi: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (Atos 1.7), para mostrar que Deus tem todo o controle do tempo e dos eventos futuros, e que nem tudo pode ser revelado para nós. 
Somos preocupados demais para saber o que virá amanhã. Sofremos de ansiedade pela espera das coisas que ainda não aconteceram. E se tivermos conhecimento do que pode acontecer no futuro, melhor dizendo, no nosso futuro, indubitavelmente, sofreremos já no presente. O amanhã não nos pertence, ele está sob o controle de Deus. Por isso mesmo, Jesus falou aos seus discípulos: " Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" (Mateus 6.34). Assim, devemos confiar em Deus, porque ele é a nossa fortaleza e a nossa segurança diante de todas as incertezas desta vida.

PASSANDO PELO DESERTO


Poucos cenários são tão desoladores quanto o deserto. A sensação que esse panorama exala, causa tristeza, remete a solidão e engendra um vazio quase infindável. É uma ausência de vida, um ardor de sofrimento e uma escassez funesta. O vazio dessa paisagem é o mesmo que sentimos nos momentos de provação, solidão e abandono. O deserto é simbolo de provação e tentação. O povo de Israel, a nação eleita, durante quarenta anos enfrentou as dificuldades, a tentação e a prova de sua fé no deserto. Mas nesses dias difíceis Deus não os abandonou, ele os guiou por todo esse tempo, para saber o que havia em seus corações, se guardariam ou não os seus mandamentos (Deuteronômio 8.2). Muitos não resistiram e endureceram os seus corações nesse tempo de angústia. 
Todavia, não devemos seguir o exemplo deles, principalmente, daqueles que morreram no deserto, sem terem contemplado, ao menos de longe, a terra prometida. Precisamos ouvir a voz de Deus que nos diz: “Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da tentação no deserto. Quando vossos pais me tentaram, me provaram, e viram a minha obra. Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos. A quem jurei que não entrarão no meu repouso” (Salmos 95.8-11). Não é preciso refletir muito, para entender que muitos perderam a oportunidade de provar da terra que manava leite e mel. Precisamos considerar que as condições são adversas para todos nesta vida. 
Todos enfrentamos a escassez de recursos, as dificuldades, as tentações, tribulações e pesares no deserto dessa vida, porém nem todos confiam em Deus. São as promessas do Senhor que revigoram as nossas forças e nos fazem sentir pela fé, no presente momento, o sabor da vitória, que poderemos desfrutar se formos fiéis e entrarmos em Canaã, como Josué e Calebe. E no demais, a nossa Canaã é mais linda, porque é do céu, onde Deus habita. Portanto, precisamos continuar confiando em Deus, porque “os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.” (Isaías 40.30-31).

08 novembro, 2019

PORQUE CREMOS NA TRINDADE ?

No Antigo Testamento a revelação de Deus se inicia apresentando o ser divino como o criador de todas as coisas (Gn 1.1; Is 45.18). O Deus vivo e poderoso se manifesta com amor e misericórdia para os homens que o temem (Gn 6.7-9; Ez 14.13-14). Ele é o Senhor, o Deus Eterno, que escolheu Abraão para ser o patriarca dos judeus (Mt 3.9) e o pai de muitas nações (Gn 17.4-5). A fé dos seus descendentes, o povo escolhido, é direcionada a um "Deus único" que ama a justiça (Sl 11.7; 33.5), mas não tolera a iniquidade (Sl 5.4; Rm 1.18). 

Em contraposição à crença monoteísta dos descendentes de Abraão, o mundo religioso apresentou em outras culturas a crença em diversas divindades. Ao invés de acreditarem em um Deus criador, creram em deuses criados (Is 44.9-10) pela imaginação humana. Eles "... mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis" (Rm1.23), conforme a vaidade dos seus sentidos.

O Novo Testamento traz a revelação de Jesus Cristo, o Filho de Deus, mostrando que "... nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.8). E apesar de demonstrar que o ser divino é uno, em propósito e essência, o apresenta em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt 3.16-17). A complexa relação que existe em crer, num único Deus manifesto em três pessoas, é difícil de ser explicada, e mais ainda, de ser compreendida. Mas se observarmos o relato da criação, encontramos no livro de Gênesis (1.28) que Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança ...", o que nos leva a entender que a trindade estava presente na criação do homem.