26 outubro, 2020

A BÍBLIA, UM LIVRO DIVINO E HUMANO

 


 Photo by Aaron Burden on Unsplash


     O cânon da Bíblia sagrada é formado por 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento com a ativa participação de mais de quarenta escritores. Nesse aspecto pode-se ter uma visão humana das escrituras sagradas, pois ela foi escrita por homens que eram profetas, apóstolos, líderes religiosos ou piedosos servos de Deus. Contudo, mesmo eles tendo sido autores de toda a mensagem sagrada, é preciso considerar que tudo o que escreveram, foi sob a inspiração de Deus. Esse fato diferencia os escritos bíblicos dos demais escritos. As letras sagradas foram produzidas pela inspiração divina, ao contrário dos outros livros que foram produzidos pelo intelecto humano. 

    Ainda que os autores contribuíram com o seu próprio estilo de escrever, o teor da mensagem não tem comparação com outros livros que não forma inspirados por Deus. Essa diferença marcante coloca a Bíblia Sagrada acima dos demais livros. Há livros que falam sobre Deus, que são religiosos ou místicos, mas não são inspirados por Deus. 

 

    Toda a literatura religiosa produzida e que ficou fora do cânon sagrado, pode ter a sua utilidade, contudo, não pode ser considerada como uma mensagem de Deus. Nesse ponto, é correto afirmar que, a Bíblia, é o único livro considerado como a verdadeira Mensagem de Deus aos homens. Para interpretá-lo é preciso utilizar-se de uma regra áurea, a Bíblia interpreta a si própria. Entretanto, não se pode desprezar os principais métodos da hermenêutica para a sua interpretação, pois sem eles, há o risco de cair em um abismo da falsa interpretação.

          

                                                        

                                                                                                                                          Aristeu Alves

01 setembro, 2020

O QUE É MAIS IMPORTANTE, SER OU TER?


Existem coisas que temos, mas não para sempre. O rico tem muitas propriedades, roupas, dinheiro, casas, carros e bens em abundância (Lc 12.16-20), mas morre como o pobre, deixando tudo neste mundo. Se dissermos que não gostaríamos de ter as coisas mais caras e o melhor conforto que o dinheiro pode comprar, podemos cometer um pecado. E sabemos que um grave pecado, como a mentira, pode determinar nosso destino na eternidade.

E a verdade é que “o ter” é temporal, finito, passageiro e “o ser” pode estender-se para além deste mundo. Tudo o que possuímos fica aqui, aquilo que somos permanece conosco. Por isso, Jesus disse:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mateus 6.19-20).

Em muitas situações o ser é superior ao ter. Porquanto podemos ter amigos, dinheiro e tudo o que se pode desejar, embora não significa que sejamos felizes. Podemos ter fama, poder e dons naturais espetaculares, todavia podemos não ser nada diante de Deus. E, acima de tudo, podemos desfrutar e ter tudo neste mundo, mas não ser salvos. É preferível ser do que ter, porque ao ser se relacionam as coisas eternas e ao ter as coisas temporais.

Aristeu Alves




21 abril, 2020

O QUE HÁ ACIMA DE NÓS

 
 
                                                               Photo by Casey Horner on Unsplash 
 
Quando olhamos à noite para o céu, podemos ver as estrelas no firmamento e, sem entender, perguntamos o que pode existir lá em cima? Nesse momento, sentimos a nossa pequenez em relação ao que foi criado, e existe, pelo poder Deus.

Ele fez tudo com a sua palavra, apenas dizia “faça-se” e era feito. O Eterno tem o poder de trazer as coisas que não existem à existência pelo poder da sua palavra. A sua voz criou no universo tudo o que existe. Isso significa que quando as palavras saem da boca de Deus, elas produzem uma reação ou efeito no momento em que são proferidas.

Essas palavras estão cheias de poder, agem no tempo e no espaço sem que existam condições favoráveis.

Na verdade, a vontade de Deus, quando expressa em palavras, torna-se realidade pelo simples falar. O poder que ele tem se manifesta quando a sua voz soa no universo. Deus é diferente do homem, porquanto o que ele fala acontece, enquanto que nem tudo o que falamos pode se converter em ação ou se concretizar.

No entanto, quando utilizamos a nossa fé no Filho de Deus, sem deixar a dúvida minar em nossas mentes, há coisas que falamos se tornam realidade e acontecem pelo poder da fé. Por isso, temos que falar coisas boas, que contenham otimismo, expressem prosperidade, paz e bênçãos, para que possamos construir no universo que nos rodeia, condições ideais para o bem triunfar sobre o mal.

                                                                                          Aristeu Alves



                                               

20 abril, 2020

O QUE DEUS ESPERA DE NÓS


Quase sempre olhamos para os céus, esperando algo do Criador, uma benção ou qualquer coisa que venha satisfazer as nossas ilimitadas necessidades. Mas por que não fazemos o contrário? Por que não nos perguntamos sobre o que Deus espera de nós? Ou o que podemos fazer para ele? Não que o Eterno necessite de alguma coisa, mas porque podemos nos colocar à disposição dele, para fazer o trabalho que ele quer que façamos em sua obra. Estamos sempre nos inclinando para suplicar e pedir alguma coisa, mas podemos também oferecer, não apenas a nossa fidelidade, como também, nossa gratidão. Podemos apenas expressar isso com palavras ou com a realização de obras, as quais Deus se agrada. Pois quando oferecemos frutos a ele, nos tornamos como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas. Por outro lado, se apenas nos dirigimos a ele, sem ter nada a oferecer, somos como a tamargueira no deserto, improdutiva, sem utilidade alguma. Seja como for, cada um de nós tem o poder de escolher aquilo que pode ser ou fazer, para si, para os outros e para Deus.

                                                                                                         Aristeu Alves 

Photo by Nina Luong on Unsplash


18 abril, 2020

A TEORIA DOCUMENTÁRIA



A principal característica da Teoria documentária ou Hipótese Documentária é sugerir que Moisés não seja de fato o autor dos cinco livros que compõem o Pentateuco. A autoria de Moisés é atestada pela tradição judaica e cristã, sem mencionar os textos bíblicos que dão sustentação para se crer que ele seja o autor da Toráh. Entretanto, devemos considerar que a Hipótese de Welhaussem (Julius Welhausem, autor da Teoria Documentária) sugere que os livros do pentateuco são uma combinação de textos completos e independentes, que foram combinados, por redatores ou editores, para terem a forma em que hoje são apresentados na seção do Antigo Testamente da Bíblia Sagrada. 

Segundo essa teoria, foram encontrados quatro tipos de manuscritos de diferentes épocas. Esses manuscritos, conhecidos como fontes, foram classificados de acordo com uma inicial que representa o período em que foi escrito. De acordo com essas iniciais, eles foram divididos em:
1.    (J) Fonte Javista, escrita em torno de 950 a.C., no Reino do Sul (Judá);
2.    (E) Fonte Eloísta, escrita aproximadamente em 850 a.C., no Reino do Norte (Israel);
3.    (D) Fonte Deuteronomista, escrita por volta de 650 a.C., em Jerusalém;
4.    (P) Fonte Sacerdotal, escrita cera de 500 a.C., pelos sacerdotes.

Conforme essa teoria, o pentateuco, na forma em que o conhecemos, é o resultado de quatro versões distintas com os mesmos fatos, mas que foram mescladas e combinadas para apresentar organização e coerência em todo o texto.
Em parte, pode-se entender que os textos tenham sido “arranjados” para ter uma forma coerente e preservar o sentido original. Mas não se deve esquecer que todos os documentos encontrados nas línguas originais das escrituras são cópias de outras cópias e que não existe um original. Desse modo, cada texto pode ter sido alterado, mas não significativamente, pelos judeus que faziam estas cópias. Contudo, as pequenas alterações, em momento algum, podem negar a autoria de Moisés, até mesmo, porque não existe outra hipótese sobre  quem poderia ser o autor do Pentateuco. 
E no demais, Jesus Cristo declarou que Moisés escreveu sobre ele, conforme está escrito: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele” (Jo 5.46). Por isso, temos razão suficiente para acreditar que Moises seja o verdadeiro autor dos cinco livros da lei (Pentateuco), pois não existem argumentos sólidos que comprovem o contrário.

                                                                                                          Aristeu Alves