18 novembro, 2019

O QUE ACONTECERÁ NO PRÓXIMO ANO?


O ano de 2019 está terminando e há rumores de sobra carregados de maus auspícios para o ano que vem. Dentre esses boatos o que mais chama a atenção é a suposta apresentação, por um grande líder religioso, do homem que na bíblia é chamado de anticristo. Há uma previsão que isso ocorra em maio de 2020. Se isso realmente vai acontecer, não sabemos. 
Mas a verdade é que de algum tempo para cá, há sempre um novo boato apocalíptico. Em 2011 um grupo religioso marcou a data do arrebatamento da Igreja para 21 de maio e o fim do mundo para o dia 21 de outubro do mesmo ano (2011). Essas datas se passaram e nada aconteceu. Em 2018 estudiosos das escrituras sagradas preveram que Cristo viria arrebatar a sua igreja durante a festa das trombetas, entre os meses de setembro e outubro, porém nada aconteceu. Isso, porém, não significa que nada irá acontecer no ano que vem. 

Pelo contrário, a frequência desses boatos nos faz acreditar que estamos cada vez mais próximos de eventos bíblicos profetizado para o fim dos tempos. E de qualquer forma, ficamos ansiosos para saber, não de outrem, mas do próprio Mestre sobre a sua vinda e o fim dos tempos. Se pudéssemos perguntaríamos como os discípulos: "... Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?" (Mateus 24.3). E, provavelmente, ele responderia do mesmo modo que respondeu há mais de dois mil anos: "Acautelai-vos, que ninguém vos engane..." (Mateus 23.4). Contudo, não podemos nos esquecer que todos os sinais do fim dos tempos que ele revelou já se manifestaram, mostrando-nos que estamos vivendo os últimos dias. 

E não é de hoje, que "... o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado. E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda. A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira. E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem." (2 Tessalonicenses 2.7-10). Diante desse cenário, o que devemos fazer é ficar preparados para que a vinda do Senhor, no arrebatamento da igreja, não nos surpreenda, encontrando-nos desprevenidos. Seja quando for, a volta de Cristo e o arrebatamento da Igreja, antes (de preferência), no meio ou no fim da grande tribulação, o que importa é que possamos estar preparados para dizer "... ora vem, Senhor Jesus" (Apocalipse 22.20)

O QUE VIRÁ AMANHÃ?


Não há duvidas de que as sagradas escrituras, por meio de visões, revelações e profecias, mostram um futuro sombrio para o mundo sem DEUS. A única incerteza neste momento é quando e como serão essas coisas. Contudo, devemos ter em mente que o tempo de todas as coisas está no controle de Deus, pois "... ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos" (Daniel 2.21), visto que "tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3.1). 
Mas como os discípulos, às vezes, não conseguimos conter o ímpeto de querer saber o futuro. Depois da ressurreição de Jesus, antes dele subir aos céus, eles lhe perguntaram: "Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel?" (Atos 1.6). E a resposta do Filho de Deus foi: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (Atos 1.7), para mostrar que Deus tem todo o controle do tempo e dos eventos futuros, e que nem tudo pode ser revelado para nós. 
Somos preocupados demais para saber o que virá amanhã. Sofremos de ansiedade pela espera das coisas que ainda não aconteceram. E se tivermos conhecimento do que pode acontecer no futuro, melhor dizendo, no nosso futuro, indubitavelmente, sofreremos já no presente. O amanhã não nos pertence, ele está sob o controle de Deus. Por isso mesmo, Jesus falou aos seus discípulos: " Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" (Mateus 6.34). Assim, devemos confiar em Deus, porque ele é a nossa fortaleza e a nossa segurança diante de todas as incertezas desta vida.

PASSANDO PELO DESERTO


Poucos cenários são tão desoladores quanto o deserto. A sensação que esse panorama exala, causa tristeza, remete a solidão e engendra um vazio quase infindável. É uma ausência de vida, um ardor de sofrimento e uma escassez funesta. O vazio dessa paisagem é o mesmo que sentimos nos momentos de provação, solidão e abandono. O deserto é simbolo de provação e tentação. O povo de Israel, a nação eleita, durante quarenta anos enfrentou as dificuldades, a tentação e a prova de sua fé no deserto. Mas nesses dias difíceis Deus não os abandonou, ele os guiou por todo esse tempo, para saber o que havia em seus corações, se guardariam ou não os seus mandamentos (Deuteronômio 8.2). Muitos não resistiram e endureceram os seus corações nesse tempo de angústia. 
Todavia, não devemos seguir o exemplo deles, principalmente, daqueles que morreram no deserto, sem terem contemplado, ao menos de longe, a terra prometida. Precisamos ouvir a voz de Deus que nos diz: “Não endureçais os vossos corações, assim como na provocação e como no dia da tentação no deserto. Quando vossos pais me tentaram, me provaram, e viram a minha obra. Quarenta anos estive desgostado com esta geração, e disse: É um povo que erra de coração, e não tem conhecido os meus caminhos. A quem jurei que não entrarão no meu repouso” (Salmos 95.8-11). Não é preciso refletir muito, para entender que muitos perderam a oportunidade de provar da terra que manava leite e mel. Precisamos considerar que as condições são adversas para todos nesta vida. 
Todos enfrentamos a escassez de recursos, as dificuldades, as tentações, tribulações e pesares no deserto dessa vida, porém nem todos confiam em Deus. São as promessas do Senhor que revigoram as nossas forças e nos fazem sentir pela fé, no presente momento, o sabor da vitória, que poderemos desfrutar se formos fiéis e entrarmos em Canaã, como Josué e Calebe. E no demais, a nossa Canaã é mais linda, porque é do céu, onde Deus habita. Portanto, precisamos continuar confiando em Deus, porque “os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão.” (Isaías 40.30-31).

08 novembro, 2019

PORQUE CREMOS NA TRINDADE ?

No Antigo Testamento a revelação de Deus se inicia apresentando o ser divino como o criador de todas as coisas (Gn 1.1; Is 45.18). O Deus vivo e poderoso se manifesta com amor e misericórdia para os homens que o temem (Gn 6.7-9; Ez 14.13-14). Ele é o Senhor, o Deus Eterno, que escolheu Abraão para ser o patriarca dos judeus (Mt 3.9) e o pai de muitas nações (Gn 17.4-5). A fé dos seus descendentes, o povo escolhido, é direcionada a um "Deus único" que ama a justiça (Sl 11.7; 33.5), mas não tolera a iniquidade (Sl 5.4; Rm 1.18). 

Em contraposição à crença monoteísta dos descendentes de Abraão, o mundo religioso apresentou em outras culturas a crença em diversas divindades. Ao invés de acreditarem em um Deus criador, creram em deuses criados (Is 44.9-10) pela imaginação humana. Eles "... mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis" (Rm1.23), conforme a vaidade dos seus sentidos.

O Novo Testamento traz a revelação de Jesus Cristo, o Filho de Deus, mostrando que "... nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade" (Cl 2.8). E apesar de demonstrar que o ser divino é uno, em propósito e essência, o apresenta em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt 3.16-17). A complexa relação que existe em crer, num único Deus manifesto em três pessoas, é difícil de ser explicada, e mais ainda, de ser compreendida. Mas se observarmos o relato da criação, encontramos no livro de Gênesis (1.28) que Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança ...", o que nos leva a entender que a trindade estava presente na criação do homem.

27 outubro, 2019

A luta contra o mundo

Sabemos que temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Romanos 5.1), mas não com o mundo. E se pensarmos em termos marciais, temos três inimigos que combatem incessantemente nossas almas: o diabo, o mundo e o pecado. Conforme o apóstolo Paulo ensinou, a nossa batalha não é contra os homens, mas contra os principados das trevas (Efésios 6.12) que atuam contra o Reino de Deus, combatendo os que vivem na luz.

Contudo, nessa guerra enfrentamos outro inimigo, o mundo. Todavia, o "mundo" ao qual me refiro, não é o espaço que Deus criou, no princípio, para que vivêssemos nele. É difícil definir esse inimigo com poucas palavras. E, sem recorrer a termos teológicos, posso descrevê-lo como uma estrutura espiritual que cerca a todos e que se apresenta sob diversas formas, como física, social, material, psicológica, emocional ou qualquer outra, que direta ou diretamente nos oprime. 

O mestre disse "... Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim" (João 15.18) e também "... Tenho vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo" (João 16.33). Ele disse essas palavras para nos confortar e garantir que podemos vencer esse terrível inimigo. 

Há dias em que estamos cansados da opressão desse mundo e, justamente nestes momentos difíceis, devemos nos lembrar das palavras de Jesus. Especialmente as que ouvimos no início da nossa caminhada da fé: "Vinde a mim, todos os que estão cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mateus 11.28). Portanto, devemos tornar a levantar a espada do Espírito (Efésios 6.17) e o escudo da Fé (Efésios 6.16) para prosseguir nessa batalha, até alcançar a vitória em nome de Jesus, e receber a coroa da vida (Apocalipse 2.10).