O Calvinismo entende que a natureza humana ficou totalmente corrompida pelo pecado, uma doutrina bíblica aceita pela maioria dos cristãos, pois Paulo em sua carta aos Romanos afirma que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos, 3.23). E, apesar de propor que a eleição dos salvos não ocorre por mérito das obras, supõe uma predestinação para a salvação, ou seja, alguns nascem predestinados a serem salvos, independente de suas obras.
Nesse caso, anula o amor de Deus por toda a humanidade, porquanto entende que Cristo morreu apenas pelos “eleitos” ou, em outras palavras, pelos predestinados a serem salvos. A predestinação implica na impossibilidade de resistir ao chamado da Graça de Deus, pressupondo, dessa forma, que para os eleitos não existe o livre arbítrio quanto à salvação. Como também é impossível que aqueles que foram chamados possam abandonar totalmente a vocação para a qual foram predestinados. Por outro lado, a compreensão teológica da salvação do armianismo é mais simples e coerente com as escrituras sagradas.
De acordo com essa corrente teológica o plano da salvação é universal, isto é, elaborado para contemplar todos os pecadores. Cristo foi oferecido em sacrifício vivo por toda a humanidade pecadora e assim a eleição ocorre por meio da fé. São salvos os pecadores que creem em Jesus Cristo e permanecem na fé e na obediência aos ensinos da Palavra de Deus.
A salvação que é alcançada mediante a fé não é incondicional, depende da fidelidade a Deus. Por isso, a doutrina da salvação proposta por Jakob Arminius é mais aceita e seguida pela maioria dos cristãos.
Aristeu Alves
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