12 novembro, 2020
11 novembro, 2020
A PREGAÇÃO DO EVANGELHO
A pregação do evangelho é a missão mais sublime que a igreja já recebeu. Mas o que motiva os cristãos a saírem pelo mundo anunciando a Cristo? O amor pelas almas? O amor a Cristo? O desejo de compartilhar a salvação? Ou tudo isso? Em maior ou menor relevância todos esses fatores motivam os voluntários para a obra missionária.
Todavia, o que impulsiona a Igreja, a sair para resgatar as almas que estão sendo levadas ao inferno, é o Espírito Santo. É Ele quem comissiona pregadores, evangelistas, profetas, pastores, missionários e apóstolos. Pois foi o Espírito Santo que separou no primeiro século o maior mestre, pregador e missionário que já passou por esta terra.
SINAL DO FIM DOS TEMPOS
Vivemos no tempo da apostasia, uma época marcada pelo distanciamento das verdades bíblicas e pela exaltação da infidelidade. Aliás, essa é a marca da sociedade moderna que abandonou os valores morais e subjugou os valores espirituais de acordo com a sua conveniência. Mas não me refiro aos que sofreram um acidente na caminhada da fé, deslizaram, cometeram um erro, mas se arrependeram e continuam na presença de Deus.
Faço menção ao cenário atual onde se pode ver pessoas infiéis em tudo, nos negócios, nos tratados, no casamento, na igreja local, na doutrina bíblica e, principalmente, diante de Deus. A promiscuidade e a leviandade destroem o caráter de milhares de pessoas, levando-as a caminhar em direção às portas do inferno.
Essa marca do tempo é um dos sinais da vinda de Cristo, pois Ele mesmo disse que por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriaria (Mateus 24.12). E Paulo, escrevendo a Timóteo, fez a seguinte afirmação: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Timóteo 4.1). Nesse cenário, é digno de admiração como tem surgido tantas interpretações absurdas dos textos bíblicos e como pessoas incautas seguem os verdadeiros mestres do engano.
Não há outra explicação senão que foram seduzidos por doutrinas de demônios, que pervertem as verdades da palavra de Deus, transformando-as, com falsas interpretações, em heresias. Mas tudo isso, já foi previsto conforme as escrituras. Em seu tempo Paulo se preocupou com o futuro da igreja quando afirmou: “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si” (Atos 20.29-31).
São tempos difíceis caracterizados pela existência de uma sociedade perversa, constituída de homens que não possuem um bom caráter, conforme está escrito: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (2 Timóteo 3.1-4).
Todavia, não podemos nos conformar com este mundo (Romanos 12.2),ou seja, não devemos andar de acordo com os ditames sociais criados pelo nosso adversário. É o tempo de levantarmos uma única bandeira, ser fiel ao Senhor, porque Deus é fiel. Devemos nos lembrar o que diz a Palavra de Deus: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10).
08 novembro, 2020
A TEOLOGIA DA SALVAÇÃO NA PERSPECTIVA DO CALVINISMO
O Calvinismo entende que a natureza humana ficou totalmente corrompida pelo pecado, uma doutrina bíblica aceita pela maioria dos cristãos, pois Paulo em sua carta aos Romanos afirma que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos, 3.23). E, apesar de propor que a eleição dos salvos não ocorre por mérito das obras, supõe uma predestinação para a salvação, ou seja, alguns nascem predestinados a serem salvos, independente de suas obras.
Nesse caso, anula o amor de Deus por toda a humanidade, porquanto entende que Cristo morreu apenas pelos “eleitos” ou, em outras palavras, pelos predestinados a serem salvos. A predestinação implica na impossibilidade de resistir ao chamado da Graça de Deus, pressupondo, dessa forma, que para os eleitos não existe o livre arbítrio quanto à salvação. Como também é impossível que aqueles que foram chamados possam abandonar totalmente a vocação para a qual foram predestinados. Por outro lado, a compreensão teológica da salvação do armianismo é mais simples e coerente com as escrituras sagradas.
De acordo com essa corrente teológica o plano da salvação é universal, isto é, elaborado para contemplar todos os pecadores. Cristo foi oferecido em sacrifício vivo por toda a humanidade pecadora e assim a eleição ocorre por meio da fé. São salvos os pecadores que creem em Jesus Cristo e permanecem na fé e na obediência aos ensinos da Palavra de Deus.
A salvação que é alcançada mediante a fé não é incondicional, depende da fidelidade a Deus. Por isso, a doutrina da salvação proposta por Jakob Arminius é mais aceita e seguida pela maioria dos cristãos.
Aristeu Alves
07 novembro, 2020
LIVROS HISTÓRICOS DA BÍBLIA E O LEITOR MODERNO
A compreensão da revelação divina a partir dos textos do Antigo Testamento é um processo de evolução gradual e lenta. É impossível ter uma ideia clara dos propósitos de Deus quando não se tem uma familiaridade com vários textos bíblicos e uma visão geral da Bíblia. A leitura de alguns livros históricos do Antigo Testamento podem ofuscar, para aqueles que não tem um conhecimento mais profundo das escrituras, o entendimento sobre a Graça de Deus e do seu amor.
Ao passo que também pode produzir uma falsa impressão de que Deus é um ser impiedoso e terrível, quando na verdade, Ele é misericordioso, justo e compassivo, pronto para socorrer os aflitos e necessitados. Entretanto, não se pode ignorar que a sua ira é tremenda e que Ele pode destruir os povos no seu furor. Mas a ira de Deus somente dura por um momento, pois a sua misericórdia é de eternidade a eternidade na vida daqueles que temem o seu nome.
Alguns intérpretes modernos da Palavra de Deus estão cegos quanto à compaixão de Deus para com a humanidade, principalmente os pecadores. Porquanto ainda que o pecado é abominável diante dos olhos do Senhor, a morte do ímpio não lhe traz prazer. Podemos ver nas escrituras sagradas que em momentos de grande apostasia, Deus permitiu que o povo de Israel fosse levado cativo e que as suas terras fossem tomadas. Mas quando os judeus se arrependeram de seus pecados, o Senhor os amparou, os libertou e os trouxe de volta para as suas terras.
A queda deste povo proporcionou o chamamento de uma nova nação, eleita e constituída de todos os povos e raças, escolhida para ser um reino sacerdotal. A nação santa e o povo escolhido é a Igreja comprada com o sangue de Jesus Cristo que foi derramado na cruz do Calvário. Nenhum outro fato demonstra tanto o amor Deus quanto o sacrifício do seu Filho pela humanidade.
Por isso, os novos leitores e intérpretes da Bíblia precisam ter a consciência que para compreender os Livros Históricos do Antigo Testamento é necessário ter um conhecimento amplo da revelação de Deus através dos séculos. Portanto, é imprescindível o conhecimento prévio do Novo Testamento para uma interpretação correta dos fatos históricos relacionados à revelação de Deus e ao povo escolhido por Ele.
Aristeu Alves