12 novembro, 2020

AS ESCOLHAS DA VIDA

        A vida é feita de escolhas, em algumas nós acertamos e em outras erramos. É verdade que nem sempre podemos fazer uma opção pelo que queremos, assim, escolhemos o que está ao nosso alcance. Mas há momentos em que temos a chance de escolher o caminho a seguir e, então, de acordo com as opções, fazemos a nossa escolha. Esta liberdade para decidir o que queremos, o que vamos fazer ou para onde vamos, é o livre arbítrio. Somos livres para seguir o bem ou o mal, praticar a justiça ou a injustiça, promover atos de bondade ou maldade.

        Todavia, somos responsáveis por nossos atos, não importa quais sejam, pois tudo o que fazemos tem implicações no presente e no futuro. E o mais interessante é que temos a tendência de acreditar que tudo quanto escolhemos está perfeitamente certo. Nunca vi alguém levantar outra bandeira senão a que defende com absoluta certeza que fez tudo certo. Mas podem existir exceções.

        Contudo, as escrituras sagradas mostram que há caminhos que o homem escolhe, pensando que está certo, mas que não são uma boa escolha, como está escrito: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Provérbios 14.12). Somos inclinados pela ação do pecado a fazer escolhas erradas com base em nosso entendimento limitado e, não poucas vezes, lamentamos depois as nossas escolhas.

        Quantas oportunidades algumas pessoas tiveram de se arrepender dos seus erros e pecados, mas não se arrependeram. Escolheram continuar seguindo os seus próprios caminhos que aos seus olhos pareciam ser certos. Boa parte dessas pessoas são teimosas, não reconhecem seus erros, não mudam seus hábitos e se recusam a aceitar a verdade. Não querem mudar, preferem morrer presas aos seus pecados do que receber a libertação pelo conhecimento da Palavra de Deus.

        Alguns escolhem acreditar em mentiras, mas não na verdade, ficaram cegos e, por isso, não enxergam a verdade. Mas não existe libertação na mentira e a verdade, por mais difícil que seja aceitá-la, é a única forma de libertação do engano. Os homens podem falhar, errar, mentir e mascarar uma vida inteira.
        
        Entretanto, se quiserem ter a vida eterna (salvação) precisam abandonar as suas escolhas e dar preferência a Jesus, porque Ele é a verdade. Porquanto somente quem nEle crê, pode receber a libertação do engano, conforme está na Palavra de Deus: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32). Sem contradição alguma, Jesus Cristo é a verdade e pode nos libertar, conforme está escrito: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres”(João 8.36).

 Aristeu Alves



11 novembro, 2020

A PREGAÇÃO DO EVANGELHO

       A pregação do evangelho é a missão mais sublime que a igreja já recebeu. Mas o que motiva os cristãos a saírem pelo mundo anunciando a Cristo? O amor pelas almas? O amor a Cristo? O desejo de compartilhar a salvação? Ou tudo isso? Em maior ou menor relevância todos esses fatores motivam os voluntários para a obra missionária.

        Todavia, o que impulsiona a Igreja, a sair para resgatar as almas que estão sendo levadas ao inferno, é o Espírito Santo. É Ele quem comissiona  pregadores, evangelistas, profetas, pastores, missionários e apóstolos. Pois foi o Espírito Santo que separou no primeiro século o maior mestre, pregador e missionário que já passou por esta terra.

        Quando a Igreja de Antioquia orava e jejuava, o Espírito Santo disse: “Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado” (Atos 13.2). Saulo, que também é Paulo, foi o maior mestre, pregador e missionário que o mundo já conheceu. Hoje, o mesmo Espírito Santo está comissionando outros “Barnabés” e outros “Paulos” para a sua obra, porque grande é a seara, mas são poucos os ceifeiros (Mateus 9.37).


 Aristeu Alves




SINAL DO FIM DOS TEMPOS

    Vivemos no tempo da apostasia, uma época marcada pelo distanciamento das verdades bíblicas e pela exaltação da infidelidade. Aliás, essa é a marca da sociedade moderna que abandonou os valores morais e subjugou os valores espirituais de acordo com a sua conveniência. Mas não me refiro aos que sofreram um acidente na caminhada da fé, deslizaram, cometeram um erro, mas se arrependeram e continuam na presença de Deus.

    Faço menção ao cenário atual onde se pode ver pessoas infiéis em tudo, nos negócios, nos tratados, no casamento, na igreja local, na doutrina bíblica e, principalmente, diante de Deus. A promiscuidade e a leviandade destroem o caráter de milhares de pessoas, levando-as a caminhar em direção às portas do inferno.


    Essa marca do tempo é um dos sinais da vinda de Cristo, pois Ele mesmo disse que por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriaria (Mateus 24.12). E Paulo, escrevendo a Timóteo, fez a seguinte afirmação: “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1 Timóteo 4.1). Nesse cenário, é digno de admiração como tem surgido tantas interpretações absurdas dos textos bíblicos e como pessoas incautas seguem os verdadeiros mestres do engano.


    Não há outra explicação senão que foram seduzidos por doutrinas de demônios, que pervertem as verdades da palavra de Deus, transformando-as, com falsas interpretações, em heresias. Mas tudo isso, já foi previsto conforme as escrituras. Em seu tempo Paulo se preocupou com o futuro da igreja quando afirmou:  “Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si” (Atos 20.29-31).


    São tempos difíceis caracterizados pela existência de uma sociedade perversa, constituída de homens que não possuem um bom caráter, conforme está escrito: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” (2 Timóteo 3.1-4).


    Todavia, não podemos nos conformar com este mundo (Romanos 12.2),ou seja, não devemos andar de acordo com os ditames sociais criados pelo nosso adversário. É o tempo de levantarmos uma única bandeira, ser fiel ao Senhor, porque Deus é fiel. Devemos nos lembrar o que diz a Palavra de Deus: “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10).


                        Aristeu Alves







08 novembro, 2020

A TEOLOGIA DA SALVAÇÃO NA PERSPECTIVA DO CALVINISMO

O Calvinismo entende que a natureza humana ficou totalmente corrompida pelo pecado, uma doutrina bíblica aceita pela maioria dos cristãos, pois Paulo em sua carta aos Romanos afirma que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos, 3.23). E, apesar de propor que a eleição dos salvos não ocorre por mérito das obras, supõe uma predestinação para a salvação, ou seja, alguns nascem predestinados a serem salvos, independente de suas obras. 

Nesse caso, anula o amor de Deus por toda a humanidade, porquanto entende que Cristo morreu apenas pelos “eleitos” ou, em outras palavras, pelos predestinados a serem salvos. A predestinação implica na impossibilidade de resistir ao chamado da Graça de Deus, pressupondo, dessa forma, que para os eleitos não existe o livre arbítrio quanto à salvação. Como também é impossível que aqueles que foram chamados possam abandonar totalmente a vocação para a qual foram predestinados. Por outro lado, a compreensão teológica da salvação do armianismo é mais simples e coerente com as escrituras sagradas.

De acordo com essa corrente teológica o plano da salvação é universal, isto é, elaborado para contemplar todos os pecadores. Cristo foi oferecido em sacrifício vivo por toda a humanidade pecadora e assim a eleição ocorre por meio da fé. São salvos os pecadores que creem em Jesus Cristo e permanecem na fé e na obediência aos ensinos da Palavra de Deus. 

A salvação que é alcançada mediante a fé não é incondicional, depende da fidelidade a Deus.  Por isso, a doutrina da salvação proposta por Jakob Arminius é mais aceita e seguida pela maioria dos cristãos.


                                                                                 Aristeu Alves




07 novembro, 2020

LIVROS HISTÓRICOS DA BÍBLIA E O LEITOR MODERNO

     A compreensão da revelação divina a partir dos textos do Antigo Testamento  é um processo de evolução gradual e lenta. É impossível ter uma ideia clara dos propósitos de Deus quando não se tem uma familiaridade com vários textos bíblicos e uma visão geral da Bíblia. A leitura de alguns livros históricos do Antigo Testamento podem ofuscar, para aqueles que não tem um conhecimento mais profundo das escrituras, o entendimento sobre a Graça de Deus e do seu amor. 

    Ao passo que também pode produzir uma falsa impressão de que Deus é um ser impiedoso e terrível, quando na verdade, Ele é misericordioso, justo e compassivo, pronto para socorrer os aflitos e necessitados. Entretanto, não se pode ignorar que a sua ira é tremenda e que Ele pode destruir os povos no seu furor. Mas a ira de Deus somente dura por um momento, pois a sua misericórdia é de eternidade a eternidade na vida daqueles que temem o seu nome. 

    Alguns intérpretes modernos da Palavra de Deus estão cegos quanto à compaixão de Deus para com a humanidade, principalmente os pecadores. Porquanto ainda que o pecado é abominável diante dos olhos do Senhor, a morte do ímpio não lhe traz prazer. Podemos ver nas escrituras sagradas que em momentos de grande apostasia, Deus permitiu que o povo de Israel fosse levado cativo e que as suas terras fossem tomadas. Mas quando os judeus se arrependeram de seus pecados, o Senhor os amparou, os libertou e os trouxe de volta para as suas terras. 

    A queda deste povo proporcionou o chamamento de uma nova nação, eleita e constituída de todos os povos e raças, escolhida para ser um reino sacerdotal. A nação santa e o povo escolhido é a Igreja comprada com o sangue de Jesus Cristo que foi derramado na cruz do Calvário. Nenhum outro fato demonstra tanto o amor Deus quanto o sacrifício do seu Filho pela humanidade. 

    Por isso, os novos leitores e intérpretes da Bíblia precisam ter a consciência que para compreender os Livros Históricos do Antigo Testamento é necessário ter um conhecimento amplo da revelação de Deus através dos séculos. Portanto, é imprescindível o conhecimento prévio do Novo Testamento para uma interpretação correta dos fatos históricos relacionados à revelação de Deus e ao povo escolhido por Ele.

                                                                                                                      Aristeu Alves





02 novembro, 2020

ALEGRIA DE ESTAR NA CASA DE DEUS

       O salmista expressou que sentia prazer em estar na casa do Senhor, o lugar onde Deus manifesta a sua shekinah. Não há outro lugar melhor na terra para desfrutar de paz, harmonia, alegria e comunhão com Deus. Enquanto o mundo está sendo devorado pelas guerras, ainda que não sejam literais, na presença de Deus recebemos a paz por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 5.1). Aprendemos a ser pacíficos para ser bem-aventurados (Mt 5.9) e, então, produzimos o fruto da paz (Gl 5.22).

   Todas as coisas se harmonizam quando reconhecemos nossas fraquezas e limitações humanas para glorificar a Deus pelas suas grandezas e por sua majestade. Pois, na casa de Deus a criatura se encontra com o Criador, o filho com o Pai, o servo com o seu Senhor e o salvo com o seu Redentor. Não há outro lugar onde ocorre uma perfeita harmonia entre a coroa da criação e Elohim, aquele que tudo criou.

    Essa afinidade produz contentamento, alegria no espírito e uma satisfação plena que parece não ter fim. A alegria é verdadeira e permanente, não se finda com as coisas temporais. Se renova quando ouvimos a voz de Deus, pelas escrituras sagradas ou pela palavra inspirada dos seus servos.

   Uma janela de plena liberdade se abre diante de nós para falar com o Senhor em oração. E, quando clamamos, Ele nos ouve em tudo o que lhe pedimos, pois fazemos as nossas petições em nome de Jesus. Nesse momento, temos comunhão perfeita com o Eterno, por meio de seu Filho amado. Por isso, podemos dizer como o salmista: Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR! (Salmos 122.1).

Aristeu Alves





O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A ANSIEDADE?

    Jesus dizia aos seus discípulos que não andassem ansiosos pelo que haviam de comer, beber e vestir, porque o Pai celestial sabe que precisamos de tudo isso. E, assim como cuida de toda a criação, cuida dos seus filhos (Mateus 6.25-34). Ele também afirmou que devemos buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas as coisas nos serão acrescentadas (Mateus 6.33). Mas nunca disse que a ansiedade é um pecado.

    Não ignoramos que o transtorno de ansiedade é uma doença, mas faz parte da natureza ficar ansioso pelas coisas que esperamos ter ou receber. E o excesso de preocupação com as coisas materiais pode ser prejudicial à saúde, como também ao espírito. Porém, dizer que a ansiedade é pecado ou incredulidade, é no mínimo um exagero, para não dizer antibíblico.

   O Senhor queria ensinar aos seus discípulos a confiar tudo nas mãos de Deus e que eles se preocupassem somente com as coisas espirituais, relacionadas ao seu reino. Mas, se a ansiedade é sinônimo de incredulidade, também é de falta de fé. E, se considerarmos a ansiedade como pecado, pouquíssimos cristãos receberão a coroa de glória. Pois, se olharmos para a Igreja de hoje, o que mais veremos é a falta de fé, a incredulidade e a ansiedade.

   É verdade que a incredulidade leva o homem negar a Cristo e, na realidade, essa incredulidade é pecado, portanto, conduz à condenação eterna. Contudo, alguns incrédulos dentro da Igreja como Tomé, que só acreditam vendo, não negam a Cristo. O problema dos Tomés é que eles não têm tanta fé, mas reconhecem o poder de Deus.
  
   E quanto aos ansiosos, eles não são assim porque querem, está na natureza deles. Nesse caso, o único que pode mudar a natureza do homem é Jesus Cristo. Se a ansiedade fosse pecado, o apóstolo Pedro não teria dito para entregarmos a nossa ansiedade a Deus: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5.7).


                                                                                                            Aristeu Alves

                                                 Photo by Marcel Friedrich on Unsplash  


 

  

26 outubro, 2020

O SURGIMENTO DO CATOLICISMO

      Photo by Michael Humphries on Unsplash
 

   O cristianismo nos três primeiros séculos da nossa era alcançou um grande número de seguidores. Contudo, até o Édito de Milão não havia no império romano uma tolerância religiosa aos cristãos. Mas a partir daí, as perseguições começaram a cessar e, definitivamente, no ano 380 d.C., o imperador Teodósio tornou o cristianismo religião oficial do Estado. 


Enquanto no Oriente já existia um grande número de cristão que se entregavam à vida monástica, a partir do quarto século, no Oriente surge um movimento de isolamento social de cristãos, que se agrupavam em comunidades para viverem desprovidos de ambições materiais e, até mesmo, sendo vistos como santos. Entre os monges do Oriente e do Ocidente havia uma notória diferença, os monges orientais viviam em regiões desérticas e se tornaram eremitas, ao passo que os ocidentais viviam em regiões afastadas, mas em comunidades.


 Nesse tempo, a Igreja organizou a sua hierarquia, estabeleceu dogmas e impôs um forte domínio espiritual sobre os fiéis. A Igreja do Ocidente tentou impor, por meio do sumo pontífice, ordens aos bispos em todo o lugar. No Oriente, essa autoridade não foi aceita, agravando-se com as divergências doutrinárias e dessa forma ocorreu o cisma. A autoridade máxima no Ocidente era o Papa e a sede da Igreja em Roma, enquanto no Oriente era o Patriarca e a sede em Constantinopla. 


A Igreja do Ocidente fazia a celebração religiosa em latim, enquanto no Oriente faziam na língua grega. As duas Igrejas seguiram suas lideranças adotando dogmas, doutrinas e teologias distintas, como também opostas, o que causou enfrentamentos, mas que com o passar do tempo foram apaziguados. Ainda hoje, essa divisão persiste, mantendo-se existente a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa.

                          

                                                                                                                         Aristeu Alves


A BÍBLIA, UM LIVRO DIVINO E HUMANO

 


 Photo by Aaron Burden on Unsplash


     O cânon da Bíblia sagrada é formado por 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento com a ativa participação de mais de quarenta escritores. Nesse aspecto pode-se ter uma visão humana das escrituras sagradas, pois ela foi escrita por homens que eram profetas, apóstolos, líderes religiosos ou piedosos servos de Deus. Contudo, mesmo eles tendo sido autores de toda a mensagem sagrada, é preciso considerar que tudo o que escreveram, foi sob a inspiração de Deus. Esse fato diferencia os escritos bíblicos dos demais escritos. As letras sagradas foram produzidas pela inspiração divina, ao contrário dos outros livros que foram produzidos pelo intelecto humano. 

    Ainda que os autores contribuíram com o seu próprio estilo de escrever, o teor da mensagem não tem comparação com outros livros que não forma inspirados por Deus. Essa diferença marcante coloca a Bíblia Sagrada acima dos demais livros. Há livros que falam sobre Deus, que são religiosos ou místicos, mas não são inspirados por Deus. 

 

    Toda a literatura religiosa produzida e que ficou fora do cânon sagrado, pode ter a sua utilidade, contudo, não pode ser considerada como uma mensagem de Deus. Nesse ponto, é correto afirmar que, a Bíblia, é o único livro considerado como a verdadeira Mensagem de Deus aos homens. Para interpretá-lo é preciso utilizar-se de uma regra áurea, a Bíblia interpreta a si própria. Entretanto, não se pode desprezar os principais métodos da hermenêutica para a sua interpretação, pois sem eles, há o risco de cair em um abismo da falsa interpretação.

          

                                                        

                                                                                                                                          Aristeu Alves

01 setembro, 2020

O QUE É MAIS IMPORTANTE, SER OU TER?


Existem coisas que temos, mas não para sempre. O rico tem muitas propriedades, roupas, dinheiro, casas, carros e bens em abundância (Lc 12.16-20), mas morre como o pobre, deixando tudo neste mundo. Se dissermos que não gostaríamos de ter as coisas mais caras e o melhor conforto que o dinheiro pode comprar, podemos cometer um pecado. E sabemos que um grave pecado, como a mentira, pode determinar nosso destino na eternidade.

E a verdade é que “o ter” é temporal, finito, passageiro e “o ser” pode estender-se para além deste mundo. Tudo o que possuímos fica aqui, aquilo que somos permanece conosco. Por isso, Jesus disse:
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mateus 6.19-20).

Em muitas situações o ser é superior ao ter. Porquanto podemos ter amigos, dinheiro e tudo o que se pode desejar, embora não significa que sejamos felizes. Podemos ter fama, poder e dons naturais espetaculares, todavia podemos não ser nada diante de Deus. E, acima de tudo, podemos desfrutar e ter tudo neste mundo, mas não ser salvos. É preferível ser do que ter, porque ao ser se relacionam as coisas eternas e ao ter as coisas temporais.

Aristeu Alves




21 abril, 2020

O QUE HÁ ACIMA DE NÓS

 
 
                                                               Photo by Casey Horner on Unsplash 
 
Quando olhamos à noite para o céu, podemos ver as estrelas no firmamento e, sem entender, perguntamos o que pode existir lá em cima? Nesse momento, sentimos a nossa pequenez em relação ao que foi criado, e existe, pelo poder Deus.

Ele fez tudo com a sua palavra, apenas dizia “faça-se” e era feito. O Eterno tem o poder de trazer as coisas que não existem à existência pelo poder da sua palavra. A sua voz criou no universo tudo o que existe. Isso significa que quando as palavras saem da boca de Deus, elas produzem uma reação ou efeito no momento em que são proferidas.

Essas palavras estão cheias de poder, agem no tempo e no espaço sem que existam condições favoráveis.

Na verdade, a vontade de Deus, quando expressa em palavras, torna-se realidade pelo simples falar. O poder que ele tem se manifesta quando a sua voz soa no universo. Deus é diferente do homem, porquanto o que ele fala acontece, enquanto que nem tudo o que falamos pode se converter em ação ou se concretizar.

No entanto, quando utilizamos a nossa fé no Filho de Deus, sem deixar a dúvida minar em nossas mentes, há coisas que falamos se tornam realidade e acontecem pelo poder da fé. Por isso, temos que falar coisas boas, que contenham otimismo, expressem prosperidade, paz e bênçãos, para que possamos construir no universo que nos rodeia, condições ideais para o bem triunfar sobre o mal.

                                                                                          Aristeu Alves



                                               

20 abril, 2020

O QUE DEUS ESPERA DE NÓS


Quase sempre olhamos para os céus, esperando algo do Criador, uma benção ou qualquer coisa que venha satisfazer as nossas ilimitadas necessidades. Mas por que não fazemos o contrário? Por que não nos perguntamos sobre o que Deus espera de nós? Ou o que podemos fazer para ele? Não que o Eterno necessite de alguma coisa, mas porque podemos nos colocar à disposição dele, para fazer o trabalho que ele quer que façamos em sua obra. Estamos sempre nos inclinando para suplicar e pedir alguma coisa, mas podemos também oferecer, não apenas a nossa fidelidade, como também, nossa gratidão. Podemos apenas expressar isso com palavras ou com a realização de obras, as quais Deus se agrada. Pois quando oferecemos frutos a ele, nos tornamos como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas. Por outro lado, se apenas nos dirigimos a ele, sem ter nada a oferecer, somos como a tamargueira no deserto, improdutiva, sem utilidade alguma. Seja como for, cada um de nós tem o poder de escolher aquilo que pode ser ou fazer, para si, para os outros e para Deus.

                                                                                                         Aristeu Alves 

Photo by Nina Luong on Unsplash


18 abril, 2020

A TEORIA DOCUMENTÁRIA



A principal característica da Teoria documentária ou Hipótese Documentária é sugerir que Moisés não seja de fato o autor dos cinco livros que compõem o Pentateuco. A autoria de Moisés é atestada pela tradição judaica e cristã, sem mencionar os textos bíblicos que dão sustentação para se crer que ele seja o autor da Toráh. Entretanto, devemos considerar que a Hipótese de Welhaussem (Julius Welhausem, autor da Teoria Documentária) sugere que os livros do pentateuco são uma combinação de textos completos e independentes, que foram combinados, por redatores ou editores, para terem a forma em que hoje são apresentados na seção do Antigo Testamente da Bíblia Sagrada. 

Segundo essa teoria, foram encontrados quatro tipos de manuscritos de diferentes épocas. Esses manuscritos, conhecidos como fontes, foram classificados de acordo com uma inicial que representa o período em que foi escrito. De acordo com essas iniciais, eles foram divididos em:
1.    (J) Fonte Javista, escrita em torno de 950 a.C., no Reino do Sul (Judá);
2.    (E) Fonte Eloísta, escrita aproximadamente em 850 a.C., no Reino do Norte (Israel);
3.    (D) Fonte Deuteronomista, escrita por volta de 650 a.C., em Jerusalém;
4.    (P) Fonte Sacerdotal, escrita cera de 500 a.C., pelos sacerdotes.

Conforme essa teoria, o pentateuco, na forma em que o conhecemos, é o resultado de quatro versões distintas com os mesmos fatos, mas que foram mescladas e combinadas para apresentar organização e coerência em todo o texto.
Em parte, pode-se entender que os textos tenham sido “arranjados” para ter uma forma coerente e preservar o sentido original. Mas não se deve esquecer que todos os documentos encontrados nas línguas originais das escrituras são cópias de outras cópias e que não existe um original. Desse modo, cada texto pode ter sido alterado, mas não significativamente, pelos judeus que faziam estas cópias. Contudo, as pequenas alterações, em momento algum, podem negar a autoria de Moisés, até mesmo, porque não existe outra hipótese sobre  quem poderia ser o autor do Pentateuco. 
E no demais, Jesus Cristo declarou que Moisés escreveu sobre ele, conforme está escrito: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele” (Jo 5.46). Por isso, temos razão suficiente para acreditar que Moises seja o verdadeiro autor dos cinco livros da lei (Pentateuco), pois não existem argumentos sólidos que comprovem o contrário.

                                                                                                          Aristeu Alves