11 maio, 2021

A ORAÇÃO DO JUSTO

      Elias, de acordo com as escrituras sagradas, foi um dos mais notáveis profetas de Deus durante a dispensação da lei. Era um tempo difícil em que a desobediência aos mandamentos do Senhor era punida com a morte. Mas, nem por isso, os filhos de Israel se afastavam do pecado.
     Seguindo a liderança de Acabe, rei de Israel, que construiu um altar ao deus dos cananeus Baal, o povo se entregou a idolatria e abandonou ao Senhor. Houve uma apostasia total no reino de Israel, comandada pelo seu rei e por sua mulher, Jezabel, que tinha grande apreço pelos 450 falsos profetas de Baal.
       Em meio à crise espiritual que ameaçava destruir a verdadeira fé no Deus de Abraão, o profeta Elias surge e declara a Acabe o fechamento das janelas do céu: “Vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra” (1Reis 17.1).
     As palavras do profeta foram uma oração, uma profecia, um juízo divino, um ato profético ou uma declaração de fé? Há muitas interpretações e entendimentos que podem ser tecidos a partir da proclamação feita por Elias de um tempo de estiagem em Israel. Mas prefiro crer nas palavras do apóstolo Tiago que sobre esse fato traz uma impressionante revelação: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tiago 5.17-18).
     O espantoso nas palavras de Tiago é que ele declara que o profeta era sujeito às mesmas paixões que nós, mas orou e os céus retiveram a chuva por três anos e meio. Elias não era um supercrente, infalível e perfeito. Aliás, nesta terra não existe ninguém que seja perfeito, mas Deus que está nos céus é a essência da perfeição. E um homem imperfeito, mas fiel a Deus, que sofria tentações e resistia ao diabo, tinha em sua vida o poder da oração. E se a oração de Elias tinha poder, a nossa também tem, pois a oração de um justo pode muito em seus efeitos (Tiago 5.16).


Aristeu Alves

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